sábado, 12 de março de 2011

Palavras em flores




Diante de um tão belo jardim,
Recolho meus derradeiros buquês de mato.

Esboço flores de plástico
Nas minhas mãos talhadas de verbos.

E entrego-lhes,
Como a inibida manhã cinza entrega-se.
E entrego-lhes,
Com a feita consciência da beleza imperfeita.



Ao menor poema

Por fascínio, aventura

é meu dever de poeta
um canto épico, monumental.

O Brasil afinal...

Mas esse torpor...esse cansaço
essa letargia...enjôo
e a minha preguiça é tal, que..


Que tal um poema sem letra
iniciado com ponto final?

Cézar de Araújo.

Um comentário: